segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Você já comprou o seu chão?

É um assunto desagradável. Aliás desagradável pra caramba. Mas às vezes não dá pra evitar.
É uma perguntinha simples, qualquer um que ande de moto sabe responder. Bom, se andar de moto de verdade, vvai responder que sim..: você já comprou o seu chão? Seu pedacinho de terra? Tá fazendo um curso intensivo de judo e treinando rolamento no meio da rua? Encurtando: você já caiu de moto?
Bom cair é mesmo inevitável, afinal elas (as motos) foram feitas pra cair. Mesmo. Só tem duas rodas, se fossem feitas pra não cair teriam pelo menos mais uma roda - mas aí já não seria moto, seria um triciclo - nós é que ficamos teimando em tentar deixá-las em pé. E nem todos acham isso algo muito fácil.
Bem eu já caí de moto. Não muitas vezes, mas de maneira bem dolorida. Mas tem gente que passa dos limites: conheço alguém que em menos de um mês caiu da moto, deixou a bichinha cair sozinha (poltergeist??) e, mais recentemente, decidiu que iria provar o gostinho do carro que passou na frente e, de bônus, aprendeu a voar sem asas ou avião... Ei tudo bem, tô parecendo muito crítico, até parece que eu sou piloto de corridas, mas sei lá, ele podia dar uma folga, um descansinho pro anjo da guarda dele e ir aos poucos deixando a moto de lado. E nem precisa parecer que desistiu ou que está com medo de moto: basta usar como desculpa aquela retórica dos eco-qualquer-coisa (sem querer ofender!!) e dizer que vai aposentar a moto porque ela causa vinte vezes mais poluição que um automóvel e que o transporte coletivo da nossa cidade já está muito melhor do que se possa imaginar e já pode substituir os meios individuais de locomoção...
Sem contar que os amigos, a família e a fila do Pronto Socorro vão agradecer pra caramba...
E você, já caiu de moto?

domingo, 16 de agosto de 2009

Que tipo de mundo eles vão herdar??

Faz uns dias que eu não posto. Não que eu não tivesse o que escrever, mas foi mais tipo umas férias mentais, sabe?
Mas esse post não é sobre isso não.
Você já parou pra imaginar o mundo que as crianças de hoje vão receber de nós? Olha esse post não é de eco-qualquer-coisa (nada contra os defensores da natureza), mas sobre o conteúdo de mundo que vamos deixar como legado. Primeiro que nós já vivemos à sombra do Grande Irmão (aquele do livro do Gerorge Orwell, não o programa da tv...). É quase impossível sair de casa para qualquer coisa e não ser filmado, fotografado, seguido... Estamos perdendo aquele negócio besta que brigamos tanto e por tanto tempo pra achar: liberdade. A partir da hora em que você tem um carro, já era: está exposto a ser filmado e fotografado em qualquer rua - haja radar e semáforo fotográfico- e qualquer viagem que você faz, já era - câmeras e pegdágios em qualquer rodovia pra te registrar...
"Ah mas eu posso surfar livremente na internet..." e todos os seus passos ficam gravados em algum lugar, sabe-se lá onde...
Acho que os nossos filhos não vão poder conhecer um simples passeio de ônibus sem destino na cidade... Afinal, os celulares, do jeito que vão, não vão nem precisar de estar ligados pra dizer onde é que estão!
Aquele negócio de namorar escondido, roubar as chaves do carro do pai... pô hoje em dia já é crime tirar um racha, que dirá daqui alguns anos!
Eu sei tem todo aquele negócio de responsabilidade e tal, mas a gente não vai nem deixar eles errarem pra saber diferenciar as coisas, vai ver que é por a gente estar fechando tanto nossos filhos é que a gente tem visto tantos adolescentes irem pras drogas, pro alcool
Hoje temos leis pra proibir tudo: não pode fazer barulho, não pode fumar dentro de nada, não pode andar rápido com o carro... sem contar que o avanço da tecnologia portátil tá destruindo o relacionamento dos jovens: esses dias atrás, no metrô, vi um casal de jovens, de mãos dadas, mas sem poder conversar nada, afinal de contas a moça ouvia seu player e o rapaz ouvia o dele e, ambos balançando as cabeças em ritmos totalmente diferentes!
E pensar que a coisa mais gostosa do mundo é poder ouvir sua musica predileta em companhia de quem você gosta...
E a gente ainda acha que a gente tem evoluído!