sexta-feira, 11 de setembro de 2009

De volta para o futuro?

Hoje eu tava vendo tv e do nada me lebrei do "De volta para o futuro" (O Michael J Fox e seu DeLorean, lembra?). Lembra aquela parte em que o Marty McFly(o Michael J Fox) entra na lanchonete e pede uma Coca de cereja (Cherry-coke) e a atendente pergunta "o que?" e ele, sem entender o que está realmente ocorrendo explica que existem a Diet-coke, lemon-coke, vanilla-coke...
Sabe, essa tirada do filme, cada dia parece mais a realidade. Se você ligar pra uma rádio pra pedir uma música, se for um rock, não dá pra ser genérico: é hard-rock, heavy-metal, 60's, nacional, internacional... meu, é uma bagunça! Ora, rock é rock, não precisa ficar escolhendo o "sabor"!
E comprar tênis? Um tempo atrás, o maximo esforço que você precisava fazer era escolher a cor. Agora tem tanto modelo diferente que se você parar pra ficar entendendo o que é cada um vai acabar ficando na loja até ela fechar. Esem comprar tenis algum: tem tenis pra corre, pra caminhar, pra futebol, pra basquete, pra tenis... (ainda me lembro do bom faz tudo, o bamba-cabeção...)
Comida em shopping center é a mesmíssima coisa: se você não sair de casa já com idéia sobre o que vai comer, quando chega na famigerada praça de alimentação você fica perdido: italiana, oriental, carnes, saladas... saudades daquele cheese-burger (nem ele existe mais: é cheese salada, bacon, egg, tudo, maionese....aghhhh) simples só pra quebrar a rotina do almoço.
Mas esse monte de escolha , que é uma evolução natural, só aumentou - não tornou nada mais rápido - o tempo que a gente gasta fazendo as coisas: quem é que nunca ficou um tempão na fila de uma fast-food qualquer e, quando chega a sua vez de escolher, é tanta opção que você se perde? Que nem pedir café nessas cafeterias chiques: café com ou sem chantily, com ou sem leite, com adoçante ou açucar, com ou sem canela? Sei lá era bem mais simples quando a gente ia naqueles botequinhos de esquina e pedia um café e, no máximo, pedia pro balconista mais ou menos café...
Bom, nem dá pra escrever direito também, aliás..putz! vou me atrasar, tenho que buscar minha mulher na estação do metro! E aida tenho de escolher se vou à pé (mais ecológico) de carro (mais rápido) de lotação (politicamente correto) ou de carona com o vizinho que está pra sair (socializando mais)...Fui!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A casa do tantã

Sabe, criança tem umas ...
Às vezes você tá meio desligado, sem saber muito o que rola no mundo e lá vem eles (as crianças) com umas tiradas daquelas...
Um fim de semana saí com minha mulher e filhos pra almoçar. Perguntei se eles queriam alguma coisa em especial e eles foram respondendo que não sabiam. É, tem horas que você é meio que obrigado a dar um certo direcionamento na criançada. Perguntei se preferiam um lanche, churrascaria ou comida oriental. De pronto minha filha veio com essa, inesquecível: "Pai, a gente não pode ir praquela churascaria chique, como é o nome mesmo? boi, vaca ah sim BEZERRO DE OURO!" numa clara alusão a uma conhecida churrascaria de São Paulo. Não deu pra segurar, tadinha, acabei às gargalhadas!
Da outra vez ela me pegou naquele exato momento que descrevi acima, em que você está totalmente desligado do mundo, meio que olhando pro nada e ela sacou uma daquelas expressões que todo mundo usa, masque criança nem sempre entende e acaba usando algo parecido: "Pai, você tá pensando na vaca que morreu?" (com certeza ela queria dizer se eu estava "pensando na morte da bezerra")
Nesse ponto você já deve estar pensando: esse é o nascimento de uma Magda (aquela dos episódios de domingo a noite - Sai de Baixo, a Marisa Orth). Bem pode até ter um componente genético (meu) afinal de contas, a última pra contar é do menorzinho,um garoto. Esse aí tem umas que deixam a gente procurando resposta. Como da ultima visita que minha sogra fez aqui em casa. Saímos de carro, o pequeno no colo dela e, num certo momento ele saca uma que quase me fez parar o carro: "Vó, vochê conhece a casa do TanTã?"; a princípio nem liguei muito, mas ele insistiu no assunto, "Vó, vochê conhece a casa do TanTã?", juro que fiquei preocupado. Quem seria esse tal de Tantã? "Vó, a casa do tantã é muito legal. eu já fui na casa do tantã. Você já foi Vó?" ah, eu já tava quase comendo a mão de curiosidade enquanto dirigia, virei pra minha esposa e perguntei: " Onde raios fica essa casa do tantã? aliás, quem é esse tantã?" ficamos um pouco pensativos, sem imaginar o que era e ele soltou mais um pouco: "Vovó, lá na casa do tantã tem cobla, jacalé, muita flolesta..." então minha esposa desvendou o mistério: no outro final de semana nós havíamos visitado o Instituto Butantã, em São Paulo; e eles haviam adorado as cobras, os jacarés e outros bichos mais. E Butantã, pode, realmente, ser muito facilmente ser confundida com a "Casa do Tantã"...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Emagrecer é bom...pra quem?

Ah, acordei com o corpo moído. Aliás, me senti como se eu tivesse apanhado. E muito. Que nada, foi só um poquinho de atividade física...
Meu, às vezes eu fico pensando em por qual razão a gente fica com vontade de mudar o corpo. Prá mais magro, é lógico. Afinal, pra ficar gordo é simples e gostoso demais: pizzas variadas, refrigerantes, aquele lanche gordurento mas tão saboroso que só tem naquela lanchonetinha tipo "copo sujo". Bom, o povo vende aquela coisa: vou pra academia e começo a emagrecer, lá só tem gente em forma, vou conseguir! Mas você começa a ir, o dinheiro a sair e a gordura nada. Alias, a gente começa a ter a impressão que na academia só tem dois tipos de pessoa: aqules atletas, de corpo sarado e folego de maratonista, ou então o gordinho, que não vai pra frente nem prá trás...
Sem contar que você olha pro lado e vê aquele povo magrinho levantando um monte de peso na boa, enquanto você só levanta aquele pesinho mixuruca... meu, nem sei por que continuo indo.
E além disso tem os instrutores. Sei lá de que planeta eles são. Quando são mulheres tem cara de boazinha, mas, como disse minha mulher, é só cara. Amigo, dá até nervoso! Você começa a andar na esteira e elas já perguntam se não tá muito lento... e ai de você se tentar descer da esteira! E aquele professor com cara de mau é o cara que troca idéia na boa: "cara se eu encontro quem inventou essa joça (a esteira, é óbvio) eu mato o cara"... mas fala e deixa a gente lá naquela porcaria... e aí você sai da academia botando os bofes pra fora, com as pernas pesadas, os braços quase descolando do corpo, com aquela sensação de que fez tudo que podia (tendo na cabeça que não consegue levantar um pesinho que qualquer mulher levanta).
Bom e depois de tudo isso, a gente ainda paga pra sofrer.vai entender...
É emagrecer(ou tentar) faz bem mesmo: pro bolso do dono da academia...