segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O que NÃO fazer pra ganhar dinheiro na internet



Hoje bateu aquela vontade de fazer uma coisa diferente, algo que de repente dê uma certa satisfação e um retorno financeiro sem a chatice do emprego normal. Bom primeiro passo dado, já sabemos que (segundo o que se diz) somos empreendedores!
Fase dois: saber o que queremos fazer. Aí o negócio começa a ficar complicado. Cara, você sabe que quer fazer alguma coisa, que precisa fazer alguma coisa, que existe alguma coisa legal. Só não sabe o que fazer. Aí começa a procurar: como ganhar dinheiro na Net, como fazer dinheiro, como multiplicar dinheiro, como... e acaba saindo do foco: fazer alguma coisa que eu queira, que me faça bem e que possa me ajudar a viver (monetariamente falando). E você fica tão fissurado nesse papo de ganhar dinheiro que o tempo vai voando, e aquele negócio, que a princípio parecia ser uma ótima idéia, já começa a não parecer tão boa assim: cara são centenas de sites tentando ganhar dinheiro da mesma maneira. Aí você pensa: e agora?
Fiquei mais perdido do que quando comecei. Além do que grande parte desses sites tem tipo um segredo: pra você poder ganhar dinheiro primeiro tem que pagar. Como fazer isso sem ter um centavo no bolso? Totalmente sem lógica isso.
Aí comecei a fuçar em atividades alternativas. Sem chance. tudo precisa de investimento. E eu sei que a maior parte das pessoas não tem dinheiro nenhum pra começar a investir.
Profissões alternativas? Outra decepção. Pra você poder desempenhar qualquer outro trabalho precisa primeiro fazer uma graduação (específica, aliás hoje em dia tem graduação em tudo, desde cozinha até administração de estacionamento de shopping center) ou uma especialização, ou os dois e ainda pagar um curso próprio do órgão que regula a profissão pra poder exerce-la. Tipo aquele negócio de início de vida: sem experiência você não consegue trabalho, e sem trabalho, sem chance de se obter experiência...
Aí eu pude ver tudo, exatamente tudo o que eu não preciso fazer pra ganhar dinheiro "fácil"e sem investimento na internet: montar um site pra complementar renda, site com segredo de renda, site que ensina a montar site, site que ensina a ganhar dinheiro na net...
Acabei pior do que comecei, porque, antes, pelo menos, eu ignorava isso tudo... Que saco!
"Queria mesmo ser pobre só um dia. Ser pobre todo dia é f..."


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

De volta para o futuro?

Hoje eu tava vendo tv e do nada me lebrei do "De volta para o futuro" (O Michael J Fox e seu DeLorean, lembra?). Lembra aquela parte em que o Marty McFly(o Michael J Fox) entra na lanchonete e pede uma Coca de cereja (Cherry-coke) e a atendente pergunta "o que?" e ele, sem entender o que está realmente ocorrendo explica que existem a Diet-coke, lemon-coke, vanilla-coke...
Sabe, essa tirada do filme, cada dia parece mais a realidade. Se você ligar pra uma rádio pra pedir uma música, se for um rock, não dá pra ser genérico: é hard-rock, heavy-metal, 60's, nacional, internacional... meu, é uma bagunça! Ora, rock é rock, não precisa ficar escolhendo o "sabor"!
E comprar tênis? Um tempo atrás, o maximo esforço que você precisava fazer era escolher a cor. Agora tem tanto modelo diferente que se você parar pra ficar entendendo o que é cada um vai acabar ficando na loja até ela fechar. Esem comprar tenis algum: tem tenis pra corre, pra caminhar, pra futebol, pra basquete, pra tenis... (ainda me lembro do bom faz tudo, o bamba-cabeção...)
Comida em shopping center é a mesmíssima coisa: se você não sair de casa já com idéia sobre o que vai comer, quando chega na famigerada praça de alimentação você fica perdido: italiana, oriental, carnes, saladas... saudades daquele cheese-burger (nem ele existe mais: é cheese salada, bacon, egg, tudo, maionese....aghhhh) simples só pra quebrar a rotina do almoço.
Mas esse monte de escolha , que é uma evolução natural, só aumentou - não tornou nada mais rápido - o tempo que a gente gasta fazendo as coisas: quem é que nunca ficou um tempão na fila de uma fast-food qualquer e, quando chega a sua vez de escolher, é tanta opção que você se perde? Que nem pedir café nessas cafeterias chiques: café com ou sem chantily, com ou sem leite, com adoçante ou açucar, com ou sem canela? Sei lá era bem mais simples quando a gente ia naqueles botequinhos de esquina e pedia um café e, no máximo, pedia pro balconista mais ou menos café...
Bom, nem dá pra escrever direito também, aliás..putz! vou me atrasar, tenho que buscar minha mulher na estação do metro! E aida tenho de escolher se vou à pé (mais ecológico) de carro (mais rápido) de lotação (politicamente correto) ou de carona com o vizinho que está pra sair (socializando mais)...Fui!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A casa do tantã

Sabe, criança tem umas ...
Às vezes você tá meio desligado, sem saber muito o que rola no mundo e lá vem eles (as crianças) com umas tiradas daquelas...
Um fim de semana saí com minha mulher e filhos pra almoçar. Perguntei se eles queriam alguma coisa em especial e eles foram respondendo que não sabiam. É, tem horas que você é meio que obrigado a dar um certo direcionamento na criançada. Perguntei se preferiam um lanche, churrascaria ou comida oriental. De pronto minha filha veio com essa, inesquecível: "Pai, a gente não pode ir praquela churascaria chique, como é o nome mesmo? boi, vaca ah sim BEZERRO DE OURO!" numa clara alusão a uma conhecida churrascaria de São Paulo. Não deu pra segurar, tadinha, acabei às gargalhadas!
Da outra vez ela me pegou naquele exato momento que descrevi acima, em que você está totalmente desligado do mundo, meio que olhando pro nada e ela sacou uma daquelas expressões que todo mundo usa, masque criança nem sempre entende e acaba usando algo parecido: "Pai, você tá pensando na vaca que morreu?" (com certeza ela queria dizer se eu estava "pensando na morte da bezerra")
Nesse ponto você já deve estar pensando: esse é o nascimento de uma Magda (aquela dos episódios de domingo a noite - Sai de Baixo, a Marisa Orth). Bem pode até ter um componente genético (meu) afinal de contas, a última pra contar é do menorzinho,um garoto. Esse aí tem umas que deixam a gente procurando resposta. Como da ultima visita que minha sogra fez aqui em casa. Saímos de carro, o pequeno no colo dela e, num certo momento ele saca uma que quase me fez parar o carro: "Vó, vochê conhece a casa do TanTã?"; a princípio nem liguei muito, mas ele insistiu no assunto, "Vó, vochê conhece a casa do TanTã?", juro que fiquei preocupado. Quem seria esse tal de Tantã? "Vó, a casa do tantã é muito legal. eu já fui na casa do tantã. Você já foi Vó?" ah, eu já tava quase comendo a mão de curiosidade enquanto dirigia, virei pra minha esposa e perguntei: " Onde raios fica essa casa do tantã? aliás, quem é esse tantã?" ficamos um pouco pensativos, sem imaginar o que era e ele soltou mais um pouco: "Vovó, lá na casa do tantã tem cobla, jacalé, muita flolesta..." então minha esposa desvendou o mistério: no outro final de semana nós havíamos visitado o Instituto Butantã, em São Paulo; e eles haviam adorado as cobras, os jacarés e outros bichos mais. E Butantã, pode, realmente, ser muito facilmente ser confundida com a "Casa do Tantã"...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Emagrecer é bom...pra quem?

Ah, acordei com o corpo moído. Aliás, me senti como se eu tivesse apanhado. E muito. Que nada, foi só um poquinho de atividade física...
Meu, às vezes eu fico pensando em por qual razão a gente fica com vontade de mudar o corpo. Prá mais magro, é lógico. Afinal, pra ficar gordo é simples e gostoso demais: pizzas variadas, refrigerantes, aquele lanche gordurento mas tão saboroso que só tem naquela lanchonetinha tipo "copo sujo". Bom, o povo vende aquela coisa: vou pra academia e começo a emagrecer, lá só tem gente em forma, vou conseguir! Mas você começa a ir, o dinheiro a sair e a gordura nada. Alias, a gente começa a ter a impressão que na academia só tem dois tipos de pessoa: aqules atletas, de corpo sarado e folego de maratonista, ou então o gordinho, que não vai pra frente nem prá trás...
Sem contar que você olha pro lado e vê aquele povo magrinho levantando um monte de peso na boa, enquanto você só levanta aquele pesinho mixuruca... meu, nem sei por que continuo indo.
E além disso tem os instrutores. Sei lá de que planeta eles são. Quando são mulheres tem cara de boazinha, mas, como disse minha mulher, é só cara. Amigo, dá até nervoso! Você começa a andar na esteira e elas já perguntam se não tá muito lento... e ai de você se tentar descer da esteira! E aquele professor com cara de mau é o cara que troca idéia na boa: "cara se eu encontro quem inventou essa joça (a esteira, é óbvio) eu mato o cara"... mas fala e deixa a gente lá naquela porcaria... e aí você sai da academia botando os bofes pra fora, com as pernas pesadas, os braços quase descolando do corpo, com aquela sensação de que fez tudo que podia (tendo na cabeça que não consegue levantar um pesinho que qualquer mulher levanta).
Bom e depois de tudo isso, a gente ainda paga pra sofrer.vai entender...
É emagrecer(ou tentar) faz bem mesmo: pro bolso do dono da academia...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Você já comprou o seu chão?

É um assunto desagradável. Aliás desagradável pra caramba. Mas às vezes não dá pra evitar.
É uma perguntinha simples, qualquer um que ande de moto sabe responder. Bom, se andar de moto de verdade, vvai responder que sim..: você já comprou o seu chão? Seu pedacinho de terra? Tá fazendo um curso intensivo de judo e treinando rolamento no meio da rua? Encurtando: você já caiu de moto?
Bom cair é mesmo inevitável, afinal elas (as motos) foram feitas pra cair. Mesmo. Só tem duas rodas, se fossem feitas pra não cair teriam pelo menos mais uma roda - mas aí já não seria moto, seria um triciclo - nós é que ficamos teimando em tentar deixá-las em pé. E nem todos acham isso algo muito fácil.
Bem eu já caí de moto. Não muitas vezes, mas de maneira bem dolorida. Mas tem gente que passa dos limites: conheço alguém que em menos de um mês caiu da moto, deixou a bichinha cair sozinha (poltergeist??) e, mais recentemente, decidiu que iria provar o gostinho do carro que passou na frente e, de bônus, aprendeu a voar sem asas ou avião... Ei tudo bem, tô parecendo muito crítico, até parece que eu sou piloto de corridas, mas sei lá, ele podia dar uma folga, um descansinho pro anjo da guarda dele e ir aos poucos deixando a moto de lado. E nem precisa parecer que desistiu ou que está com medo de moto: basta usar como desculpa aquela retórica dos eco-qualquer-coisa (sem querer ofender!!) e dizer que vai aposentar a moto porque ela causa vinte vezes mais poluição que um automóvel e que o transporte coletivo da nossa cidade já está muito melhor do que se possa imaginar e já pode substituir os meios individuais de locomoção...
Sem contar que os amigos, a família e a fila do Pronto Socorro vão agradecer pra caramba...
E você, já caiu de moto?

domingo, 16 de agosto de 2009

Que tipo de mundo eles vão herdar??

Faz uns dias que eu não posto. Não que eu não tivesse o que escrever, mas foi mais tipo umas férias mentais, sabe?
Mas esse post não é sobre isso não.
Você já parou pra imaginar o mundo que as crianças de hoje vão receber de nós? Olha esse post não é de eco-qualquer-coisa (nada contra os defensores da natureza), mas sobre o conteúdo de mundo que vamos deixar como legado. Primeiro que nós já vivemos à sombra do Grande Irmão (aquele do livro do Gerorge Orwell, não o programa da tv...). É quase impossível sair de casa para qualquer coisa e não ser filmado, fotografado, seguido... Estamos perdendo aquele negócio besta que brigamos tanto e por tanto tempo pra achar: liberdade. A partir da hora em que você tem um carro, já era: está exposto a ser filmado e fotografado em qualquer rua - haja radar e semáforo fotográfico- e qualquer viagem que você faz, já era - câmeras e pegdágios em qualquer rodovia pra te registrar...
"Ah mas eu posso surfar livremente na internet..." e todos os seus passos ficam gravados em algum lugar, sabe-se lá onde...
Acho que os nossos filhos não vão poder conhecer um simples passeio de ônibus sem destino na cidade... Afinal, os celulares, do jeito que vão, não vão nem precisar de estar ligados pra dizer onde é que estão!
Aquele negócio de namorar escondido, roubar as chaves do carro do pai... pô hoje em dia já é crime tirar um racha, que dirá daqui alguns anos!
Eu sei tem todo aquele negócio de responsabilidade e tal, mas a gente não vai nem deixar eles errarem pra saber diferenciar as coisas, vai ver que é por a gente estar fechando tanto nossos filhos é que a gente tem visto tantos adolescentes irem pras drogas, pro alcool
Hoje temos leis pra proibir tudo: não pode fazer barulho, não pode fumar dentro de nada, não pode andar rápido com o carro... sem contar que o avanço da tecnologia portátil tá destruindo o relacionamento dos jovens: esses dias atrás, no metrô, vi um casal de jovens, de mãos dadas, mas sem poder conversar nada, afinal de contas a moça ouvia seu player e o rapaz ouvia o dele e, ambos balançando as cabeças em ritmos totalmente diferentes!
E pensar que a coisa mais gostosa do mundo é poder ouvir sua musica predileta em companhia de quem você gosta...
E a gente ainda acha que a gente tem evoluído!

domingo, 12 de julho de 2009

Perdas...

Meu hamster morreu...
Engraçado começar um post sobre perdas de um jeito assim, mas é só pra quebrar o gelo.
Todos os dias, esperando a gente chgar em casa. Acontecesse o que quer que fosse, não falhava, o pequenino estava lá correndo em sua rodinha...
Minha avó foi internada
De qualquer maneira, era uma coisa esperada essa morte. Um hamster não vai viver pra sempre. Mas no pouco tempo em que convivemos, a gente acaba se afeiçoando, brincando com o bichinho e aí ... acabou! Sabe, acredito que isso seja bom pra gente crescer, aprender a lidar com perdas.
E as crianças, como será que elas vão reagir a isso?
Mentiras?
Ah, que coisa chata esse papo de internação. Nunca imaginei um negócio desses chegando tão próximo. A mulher que, pode-se dizer, me criou, cuidou de mim desde o berço... ainda não consigo imaginá-la num quarto sozinha, sem suas coisas, paredes estranhas, vozes estranhas, cama fria... só de imaginar tudo isso, me dá um aperto no coração! O que srá que passa na cabecinha dela? no atual estado, vai passar a noite chamando os filhos, quem sabe os netos, que não vão responder...
Fim de um ciclo
Mas também, eu nem sei como foi não estava lá... talvez eu tenha passado o feriado pensndo nela, prevendo o que fosse acontecer.
Engraçado eu falando assim: vivia brigando com ela, discutindo o tempo todo, feito cão e gato... mas com certeza, com toda a certeza, foi minha escudeira fiel durante os últimos quatro anos; sempre com um café pra oferecer, sempre com seus bolinhos, ou bolachas, sempre disposta a cuidar de meus filhinhos enquanto eu tivesse de tomar um banho... e eu nem sei se a agradeci como ela realmente merecia. Tá certo, vivia errando os nomes, mas quem é que não erra de vez em quando?
Destratei minha irmã
bom o post de hoje tá mais pra um mea culpa descarado do que algo realmente aproveitável.
Nem sei bem porque eu fiz isso, mas acabei descarregando um monte de coisas na minha irmãzinha... espero que uma hora ela leia isso, é um pedido de desculpas...
Hoje, (e só hoje) é que me dei conta do quanto amo e sou amado pelas pessoas próximas a mim, e o quanto eu as faço tristes. Imagine só o quanto minha metade não sofre com isso? ela é a mais próxima de mim...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vida de Pobre!

Sabe, gostaria de saber como é ser pobre um só dia; porque ser pobre todos os dias é ruim demais! Imagina só todos aqueles trtatamentos em clinicas de estética: injeções, massagens, cremes, essas coisas pra se embelezar... tudo proibido pra quem é pobre! Pô se alguem miserável(que é uma subclasse extremamente inferior ao pobre) quiser ter acesso a um pouquinho de beleza, não dá vai continuar pobre! E se quiser emagrecer então? É martírio! Aliás parece até castigo pois a gente quase não vê rico fora de forma; também, se estiver, basta pagar uma lipoaspiração, uma massagem de sei lá o que, um creme rejuvenecedor de R$ 3000,00... é triste demais!
Além de feio, o pobre acaba não podendo absorver cultura: já viu quanto custa uma entrada de teatro? E viajar então? Nem ir pro boqueirão tá dando: com o pedágio no preço que tá você tem que escolher entre por gasolina na jabiraca (porque pobre não tem automóvel, tem meio de locomoção fora das regras ambientais)ou pagar o pedágio.
Na verdade pobre não tem direito a lazer. pode ter um pequeno descanso entre o trabalho principal e o secundário. E férias, no dicionário do pobre é aquele período em que você pode fazer umas comprinhas no Brás pra poder vender no interior e pagar aquelas contas de agua e luz que ficaram atrasadas.
Se bem que nós, pobres já convictos da nossa situação,temos uma vida muito mais emocionante que a do rico: a incerteza constante se vai dar pra pagar ou não as contas; carnê nem precisa falar, afinal o verdadeiro pobre é aquele que faz o famoso "rodízio de carnê" - sempre deixa de pagar pelo menos um todo o mês e fica feliz com isso, pois o efeito secundário acaba sendo aquele monte de ligações no celular pai-de-santo (só recebe) das financeiras cobrando pagamento, mas que acabam por ajudar a auto-estima (sempre tem alguém se lembrando de você!)
Também é bom ser pobre pra ter aquele aconchego dentro da lotação ou do metro, aquele calor humano (tão bom nos dias frios...).
Além do que, o pobre é o verdadeiro brasileiro: não perde a esperança e não desiste nunca! Pode ver sempre tem pobre jogando na mega-sena, na lotomania...torcendo pro "Timão", aiai...
Sei que sou pobre, mas não aguento mais... e Você, é um pobre também? conhece alguem assim?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Como ter uma vida de Alf

Gente estou republicando um post antigo porquê vem bem a calhar nessa série de personagens do serviço!

Bom, em primeiro lugar, o que é uma vida de Alf? Aliás o que é um Alf? Lembram daquele seriado tosco que passava na Globo no horário do almoço do domingo - Alf o ETeimoso - um bicho peludo, chato que fazia tudo pras coisas darem errado? Bom, segundo minha cara-metade, tem um ser na firma em que ela trabalha que reúne essas características e, por isso, foi "carinhosamente" apelidado de Alf.
Imagine só um cara que além de não fazer o serviço ainda atrapalha todo mundo garimpando incansavelmente a internet atrás de coisas superúteis pro dia-a-dia profissional: "gente, o caixão do Michael Jackson é 100% cobre revestido de ouro 18 k"; nossa tenho certeza de que eu nunca poderia passar mais um dia sem essa informação...
Mas o assunto nem era esse. O assunto diz respeito a como é possível aguentar a vida de ALF. Gente é terrível demais, praticamente tortura chinesa. Imagina só, ficar o dia todo, TODOS OS DIAS, sem fazer absolutamente nada, 24/7 de nada.
Pois é. eu estou imaginando. Aliás eu praticamente tenho entrado na pele de Alf. que coisa. Ninguém pode imaginar. Precisa de um treinamento intensivo, especializado na área de vagabundice. E não dá pra aguentar isso. Pelo menos eu não aguento. Há rumores de que existe um ser tem completo e total domínio da arte do "nada fazer". Mas com certeza não sou eu...
A mim faz falta o verdadeiro trabalho. Dizem também que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Se bem que o Alf (o original) não me parece ser um indiv;iduo abastado, pelo contrário! Mas eu também continuo duro...Talvez ganhar dinheiro seja realmente uma questão de sorte, e não de trabalho ou vagabundagem.
Eu não consigo ser um ALF (nem mesmo um seguidor!!!); e você, consegue ser um???

segunda-feira, 6 de julho de 2009

85 anos de vida...

Hoje foi o aniversário da Dona Miria. Bem esse não é mesmo o nome dela, mas não é isso que interessa. Ela me é muito querida , e isto basta.
Engraçado, como eu passei os últimos cinco ou seis anos brigando com ela quase que diariamente. Brigas nunca são engraçadas, o que me espanta é que eu sinta saudades das discussões. Mas essa saudade tá aparecendo porque a gente sente que ela tá indo...
Ah Dona Miria, tem doído muito ver a mulher que ajudou a me criar sumindo, se esvaindo, ficando com olhar cada vez mais distante e perdido; logo ela, sempre tão cheia de vida: "vou dar uma saidinha pra comprar umas coisinhas..." e lá ia minha doce encrenqueira, de passos curtos e rápidos, às vezes firme, às vezes vacilantes (nesses últimos anos), em direção ao ponto de ônibus para dar sua "voltinha a pé" na famigerada rua 25 de Março, no centro de São Paulo... Sempre vestida com suas roupas ajustadas (fácil pra ela, afinal sempre foi muito habilidosa na costura), agarrada a sua bolsa, às vezes nos assustando com o horário que chegava em casa, afinal sempre encontrava alguém no caminho para papear e acabava por esquecer da vida!
Ah Miria, foi ela que me levou pra conhecer um sítio de verdade, andar a cavalo, tocar boiada, moer cana pro gado, conversar na calçada e passear na praça do coreto a noite...
Essa outra Miria que agora eu vejo não me traz à lembrança aquela que conheci quando moleque; aquela que, por vezes era obrigada a levantar o chinelo, e que a gente fazia malcriações; aquela que mesmo sem saber ler e escrever corretamente o "purtugueis", se dispunha a assinar meus boletins com notas baixas e acobertar meus erros; aquela que naquelas fantásticas tardes da minha infância fazia aqueles bolinhos de chuva maravilhosos, e nos deixava comer tudo sem dó! Ah Miria, que me levou tantas vezes á pé até o centro de São Paulo, me ajudou a comprar(na verdade me deu de presente) meu primeiro par de tênis sem meus pais - Adidas, diga-se de passagem -, comprou comigo o primeiro boné que me recordo (um bone nylon de estampa camuflada) e fez a minha primeira jaqueta jeans...
Ah Miria, lembro de quando me guiou em minha primeira viagem em que fui o motorista do carro, e me apresentou a cidade em que conheceu o Seu Zé Pedro, seu marido, o homem de sua vida!
E nesses últimos anos, apesar de todas as discussões que tivemos foi a nossa melhor amiga, aquela que se dispunha a olhar meus filhos mesmo já não tendo toda aquela disposição de muito anos atrás... Não há como agradecer, não há uma quantidade suficiente de obrigados pra te dar, Dona Miria!
Tudo que posso passar, nesse momento, é que te amo muito vó, minha vó, minha querida companheira, minha professora de costura, minha cicerone do centro de São Paulo, minha segunda Mãe, minha querida amiga!
Não quero parecer piegas, pois já estou digitando com os olhos rasos dágua, por isso, agora quando vejo teus olhos distantes e tristes, quase não reconheço minha querida vó, nossa sempre querida, Vó Maria. Muito Obrigado Vovó, por tudo que pudemos aprender.