domingo, 12 de julho de 2009

Perdas...

Meu hamster morreu...
Engraçado começar um post sobre perdas de um jeito assim, mas é só pra quebrar o gelo.
Todos os dias, esperando a gente chgar em casa. Acontecesse o que quer que fosse, não falhava, o pequenino estava lá correndo em sua rodinha...
Minha avó foi internada
De qualquer maneira, era uma coisa esperada essa morte. Um hamster não vai viver pra sempre. Mas no pouco tempo em que convivemos, a gente acaba se afeiçoando, brincando com o bichinho e aí ... acabou! Sabe, acredito que isso seja bom pra gente crescer, aprender a lidar com perdas.
E as crianças, como será que elas vão reagir a isso?
Mentiras?
Ah, que coisa chata esse papo de internação. Nunca imaginei um negócio desses chegando tão próximo. A mulher que, pode-se dizer, me criou, cuidou de mim desde o berço... ainda não consigo imaginá-la num quarto sozinha, sem suas coisas, paredes estranhas, vozes estranhas, cama fria... só de imaginar tudo isso, me dá um aperto no coração! O que srá que passa na cabecinha dela? no atual estado, vai passar a noite chamando os filhos, quem sabe os netos, que não vão responder...
Fim de um ciclo
Mas também, eu nem sei como foi não estava lá... talvez eu tenha passado o feriado pensndo nela, prevendo o que fosse acontecer.
Engraçado eu falando assim: vivia brigando com ela, discutindo o tempo todo, feito cão e gato... mas com certeza, com toda a certeza, foi minha escudeira fiel durante os últimos quatro anos; sempre com um café pra oferecer, sempre com seus bolinhos, ou bolachas, sempre disposta a cuidar de meus filhinhos enquanto eu tivesse de tomar um banho... e eu nem sei se a agradeci como ela realmente merecia. Tá certo, vivia errando os nomes, mas quem é que não erra de vez em quando?
Destratei minha irmã
bom o post de hoje tá mais pra um mea culpa descarado do que algo realmente aproveitável.
Nem sei bem porque eu fiz isso, mas acabei descarregando um monte de coisas na minha irmãzinha... espero que uma hora ela leia isso, é um pedido de desculpas...
Hoje, (e só hoje) é que me dei conta do quanto amo e sou amado pelas pessoas próximas a mim, e o quanto eu as faço tristes. Imagine só o quanto minha metade não sofre com isso? ela é a mais próxima de mim...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vida de Pobre!

Sabe, gostaria de saber como é ser pobre um só dia; porque ser pobre todos os dias é ruim demais! Imagina só todos aqueles trtatamentos em clinicas de estética: injeções, massagens, cremes, essas coisas pra se embelezar... tudo proibido pra quem é pobre! Pô se alguem miserável(que é uma subclasse extremamente inferior ao pobre) quiser ter acesso a um pouquinho de beleza, não dá vai continuar pobre! E se quiser emagrecer então? É martírio! Aliás parece até castigo pois a gente quase não vê rico fora de forma; também, se estiver, basta pagar uma lipoaspiração, uma massagem de sei lá o que, um creme rejuvenecedor de R$ 3000,00... é triste demais!
Além de feio, o pobre acaba não podendo absorver cultura: já viu quanto custa uma entrada de teatro? E viajar então? Nem ir pro boqueirão tá dando: com o pedágio no preço que tá você tem que escolher entre por gasolina na jabiraca (porque pobre não tem automóvel, tem meio de locomoção fora das regras ambientais)ou pagar o pedágio.
Na verdade pobre não tem direito a lazer. pode ter um pequeno descanso entre o trabalho principal e o secundário. E férias, no dicionário do pobre é aquele período em que você pode fazer umas comprinhas no Brás pra poder vender no interior e pagar aquelas contas de agua e luz que ficaram atrasadas.
Se bem que nós, pobres já convictos da nossa situação,temos uma vida muito mais emocionante que a do rico: a incerteza constante se vai dar pra pagar ou não as contas; carnê nem precisa falar, afinal o verdadeiro pobre é aquele que faz o famoso "rodízio de carnê" - sempre deixa de pagar pelo menos um todo o mês e fica feliz com isso, pois o efeito secundário acaba sendo aquele monte de ligações no celular pai-de-santo (só recebe) das financeiras cobrando pagamento, mas que acabam por ajudar a auto-estima (sempre tem alguém se lembrando de você!)
Também é bom ser pobre pra ter aquele aconchego dentro da lotação ou do metro, aquele calor humano (tão bom nos dias frios...).
Além do que, o pobre é o verdadeiro brasileiro: não perde a esperança e não desiste nunca! Pode ver sempre tem pobre jogando na mega-sena, na lotomania...torcendo pro "Timão", aiai...
Sei que sou pobre, mas não aguento mais... e Você, é um pobre também? conhece alguem assim?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Como ter uma vida de Alf

Gente estou republicando um post antigo porquê vem bem a calhar nessa série de personagens do serviço!

Bom, em primeiro lugar, o que é uma vida de Alf? Aliás o que é um Alf? Lembram daquele seriado tosco que passava na Globo no horário do almoço do domingo - Alf o ETeimoso - um bicho peludo, chato que fazia tudo pras coisas darem errado? Bom, segundo minha cara-metade, tem um ser na firma em que ela trabalha que reúne essas características e, por isso, foi "carinhosamente" apelidado de Alf.
Imagine só um cara que além de não fazer o serviço ainda atrapalha todo mundo garimpando incansavelmente a internet atrás de coisas superúteis pro dia-a-dia profissional: "gente, o caixão do Michael Jackson é 100% cobre revestido de ouro 18 k"; nossa tenho certeza de que eu nunca poderia passar mais um dia sem essa informação...
Mas o assunto nem era esse. O assunto diz respeito a como é possível aguentar a vida de ALF. Gente é terrível demais, praticamente tortura chinesa. Imagina só, ficar o dia todo, TODOS OS DIAS, sem fazer absolutamente nada, 24/7 de nada.
Pois é. eu estou imaginando. Aliás eu praticamente tenho entrado na pele de Alf. que coisa. Ninguém pode imaginar. Precisa de um treinamento intensivo, especializado na área de vagabundice. E não dá pra aguentar isso. Pelo menos eu não aguento. Há rumores de que existe um ser tem completo e total domínio da arte do "nada fazer". Mas com certeza não sou eu...
A mim faz falta o verdadeiro trabalho. Dizem também que quem trabalha não tem tempo de ganhar dinheiro. Se bem que o Alf (o original) não me parece ser um indiv;iduo abastado, pelo contrário! Mas eu também continuo duro...Talvez ganhar dinheiro seja realmente uma questão de sorte, e não de trabalho ou vagabundagem.
Eu não consigo ser um ALF (nem mesmo um seguidor!!!); e você, consegue ser um???

segunda-feira, 6 de julho de 2009

85 anos de vida...

Hoje foi o aniversário da Dona Miria. Bem esse não é mesmo o nome dela, mas não é isso que interessa. Ela me é muito querida , e isto basta.
Engraçado, como eu passei os últimos cinco ou seis anos brigando com ela quase que diariamente. Brigas nunca são engraçadas, o que me espanta é que eu sinta saudades das discussões. Mas essa saudade tá aparecendo porque a gente sente que ela tá indo...
Ah Dona Miria, tem doído muito ver a mulher que ajudou a me criar sumindo, se esvaindo, ficando com olhar cada vez mais distante e perdido; logo ela, sempre tão cheia de vida: "vou dar uma saidinha pra comprar umas coisinhas..." e lá ia minha doce encrenqueira, de passos curtos e rápidos, às vezes firme, às vezes vacilantes (nesses últimos anos), em direção ao ponto de ônibus para dar sua "voltinha a pé" na famigerada rua 25 de Março, no centro de São Paulo... Sempre vestida com suas roupas ajustadas (fácil pra ela, afinal sempre foi muito habilidosa na costura), agarrada a sua bolsa, às vezes nos assustando com o horário que chegava em casa, afinal sempre encontrava alguém no caminho para papear e acabava por esquecer da vida!
Ah Miria, foi ela que me levou pra conhecer um sítio de verdade, andar a cavalo, tocar boiada, moer cana pro gado, conversar na calçada e passear na praça do coreto a noite...
Essa outra Miria que agora eu vejo não me traz à lembrança aquela que conheci quando moleque; aquela que, por vezes era obrigada a levantar o chinelo, e que a gente fazia malcriações; aquela que mesmo sem saber ler e escrever corretamente o "purtugueis", se dispunha a assinar meus boletins com notas baixas e acobertar meus erros; aquela que naquelas fantásticas tardes da minha infância fazia aqueles bolinhos de chuva maravilhosos, e nos deixava comer tudo sem dó! Ah Miria, que me levou tantas vezes á pé até o centro de São Paulo, me ajudou a comprar(na verdade me deu de presente) meu primeiro par de tênis sem meus pais - Adidas, diga-se de passagem -, comprou comigo o primeiro boné que me recordo (um bone nylon de estampa camuflada) e fez a minha primeira jaqueta jeans...
Ah Miria, lembro de quando me guiou em minha primeira viagem em que fui o motorista do carro, e me apresentou a cidade em que conheceu o Seu Zé Pedro, seu marido, o homem de sua vida!
E nesses últimos anos, apesar de todas as discussões que tivemos foi a nossa melhor amiga, aquela que se dispunha a olhar meus filhos mesmo já não tendo toda aquela disposição de muito anos atrás... Não há como agradecer, não há uma quantidade suficiente de obrigados pra te dar, Dona Miria!
Tudo que posso passar, nesse momento, é que te amo muito vó, minha vó, minha querida companheira, minha professora de costura, minha cicerone do centro de São Paulo, minha segunda Mãe, minha querida amiga!
Não quero parecer piegas, pois já estou digitando com os olhos rasos dágua, por isso, agora quando vejo teus olhos distantes e tristes, quase não reconheço minha querida vó, nossa sempre querida, Vó Maria. Muito Obrigado Vovó, por tudo que pudemos aprender.